terça-feira, 30 de junho de 2009

Endless III

All right, baby, come on.
It's time to dream.

Wake up.

Endless II

I am not afraid
to die
today.

But I'm afraid to
die.

Endless I

I can see who you are,
where you are,
where you'll go (it's not far).

You have no mistery,
not for me,
'cause I am your whole Destiny.

Olha, tem gente comentando...

Ai, ai, o pessoal de Letras tem esse problema, a gente fica querendo fazer "a" análise dos textos dos amigos, aí se na hora de comentar não rola uma gag, um trocadilho, uma frase muito relevante, a gente acaba também não falando nada.

Pois eis que, ainda assim, com uma semaninha de blog, já tenho a acreditável soma de 3 comentários!!! Após dois comentários no nosso querido Sargento Azul ( um deles inevitável, é verdade), quem comenta é o nosso amigo Lúcio! Claro que, pessoal de Letras, esses aí acharam coisas bem interessantes pra dizer. Mas é isso aí, gente! vamos comentar sempre, mesmo que seja só pra dizer "gostei" ou pra dar uma crítica construtiva...

Zodíaco

Sou virginiano,
com ascendente em Sagitário,
lua em Peixes.

Terra.
Fogo.
Água.

--------------------------

Talvez por isso essa falta de ar...

domingo, 28 de junho de 2009

O impacto do Impacto

uma garota................................................um caminhão
uma garota........................um caminhão
uma garotaum caminhão


A colisão colidiu com todos os que ali passavam.




Parando de fumar? [inclui .Um Cigarro. e .A vela Mágica.]

Pessoal, estou parando de fumar. Não sei como serão os próximos meses, se aguentarei firme sem colocar unzinho que seja na boca, se terei recaídas homéricas, se irei reduzir até níveis mais ou menos aceitáveis, ou mesmo se desistirei de vez e que se dane os meus pulmões. Quem sabe o que se esconde por dentro do manto do Destino? Sei que hoje sou alguém que está parando. Alguém que, como todos os que iniciam à vera uma luta contra o vício, não consegue pensar em outra coisa. Então, amigos, hoje coloco dois poemas que falam de que? Pois é. O primeiro é de 2005 ou 2006, acho, mais ou menos de quando eu estava começando (a escrever? a fumar?). O segundo já é de 2009, de um daqueles dias em que Destino (olha Ele aí outra vez) pisca o olho pra gente por motivos que nunca se tornam claros. Enfim, lá vão eles.


Um cigarro.


Aqui,
onde vaporosas linhas curvas
giram sem pressa,
criam formas artificialmente dionisíacas
e sobem, como um incenso ateu
que leva mudas orações para deuses surdos.

Aqui
onde uma fina folha de um papel branco
como o luto no oriente
envolve, silenciosamente,
as Cinco Mil Folhas,
ignorando por completo seu conteúdo
(e se o conhecesse não se importaria).

Aqui,
onde minha boca absorve
o incenço, absorve
as Cinco Mil folhas
e traga a vida para si,
dela extraindo profundidade
às custas da vastidão.



A vela Mágica.


Quando trago meu cigarro
sou eu quem se acende inteiro
pois trago no meu isqueiro
o fogo que acende o barro

e transcende a carne em vento
como o deus me prometeu.
O fogo de Prometeu
que traz o conhecimento,

a língua e o odor fantástico
da vida em estado agora,
é esse o fogo que mora
no meu isqueiro de plástico!

Porém, trago aqui um adendo
a todos seres que comem:
eu só empresto pra homem.
Pra mulher, eu mesmo acendo.

domingo, 21 de junho de 2009

Cavalo Marinho

Nadar tranquilamente
..por sob as águas claras
....(claras como seus olhos).
Cantar, despreocupado,
..sabendo que o oceano
.....abraça minha voz
...e a torna indiscernível.

.....Amar, amar, amar,
.........e quando for a hora
- talvez antes, quem sabe? -
.........ser eu a engravidar.

No entanto, eu não sou
um cavalo marinho,
e a triste e alegre hora
.................escapa de meus dedos
......................................(e de todos os dedos)

além do meu alcance,
.........como a pluma da pedra;
além do meu alcance
.........como o mistério último;
além do meu alcance
.........como o sangue da terra,
....................como um fim sem princípio,
..............................como um ventre vazio.

sábado, 20 de junho de 2009

Poemabandonado

(por PH Wolf & Jessica Cuervo)


.........."Dois fodas mais uma foda
..........fazem um fodinha."


Um brinde ao sexo poligâmico,
à crueza dos corpos em estado orgânico.

Um brinde à oligarquia das drogas entorpecentes
estragadas, malhadas, embaçadas, doentes.

Um brinde à boemia,
à falta de escrúpulos, à acefalia.

Um brinde à mutilação genital,
aos muros malfeitos, ao sexo animal.

Um brinde à melancolia dos sintagmas polissêmicos,
à nudez engravatada, aos hipócritas acadêmicos.

Um brinde ao vinho e às reclamações,
e às pessoas sem piedade que partem corações.

Um brinde ao seco, um brinde ao molhado,
às pessoas orando em seus corpos suados.

Um brinde ao gerúndio, um brinde ao catolicismo,
às almas miseráveis penduradas no abismo.

Um brinde à música ruim,
às festas e orgias que se fazem sem mim.

Um brinde à bebida alcoólica quente,
à luz do sol laranja que derrete a gente.

Um brinde aos livros sem pauta
que trazem terror a gente incauta.

Um brinde à depressão generalizada,
à tristeza dormente, à calma irritada.

Um brinde às nossas tão pendulosas dores,
um brinde aos políticos, assassinos, estupradores.

Um brinde aos cigarros do Paraguai,
e àquela pessoa especial que se vai.

Um brinde aos bons amigos e aos falsos,
que nos mandam direto aos cadafalsos

com os cabelos em chamas, olhos em percalços,
corações em pedaços e os pés descalços.

Um brinde aos alienados,
aos corações mal-amados.

Um brinde às moedas sem valor,
rejeitadas, enjeitadas, seja onde for.

Um brinde à majestade, um brinde à poesia,
um brinde ao que não rima, mas queria.

Um brinde àqueles que choram escondidos,
invejosos, pois nunca foram traídos.

Um brinde à embriaguez inevitável,
à mente entorpecida que permanece saudável.

Um brinde à elegância dos óculos escuros
que nos enchem de sarcasmo e que nos tornam puros.

Um brinde à ironia, à cefaléia, à bradicardia,
um brinde à algia!

Um brinde ao poema que está se acabando,
aos solitários que andam em bando.

Dois poetas permanecem rimando.
Dois poetas permanecem.

A Alegria

A Alegria
(A R. Ducinni)



A Alegria
é uma filha da puta escrota
que vive na minha aba.
Sempre do meu lado nas festas,
nas baladas, no barzinho,
mas na hora em que a gente mais precisa dela,
cadê?
Onde foi que ela se meteu
quando a minha primeira namorada me deu um pé na bunda,
quando eu perdi o meu primeiro emprego
quando eu levei o meu primeiro zero em matemática?
Cadê ela
no dia da morte do meu primeiro filho?

A Alegria
é um frango de padaria
brilhante e suculento,
mas depois que a gente come
o que sobra é a farofa no dente.
Ela é ambígua como beijo de mulher feia,
instável como o verão do Rio
e efêmera, como todas as tardes de domingo.

A Alegria é a programação da TV das tardes de domingo.

Mania da gente de se apaixonar por quem não vale nada...
Mas se é pra gostar dessa piranha desdentada,
dessa vagaba,
dessa filha da vida,
também vou sacanear.
Vou amá-la, sim,
mas o meu amor vai ser que nem ela.
Efêmero.
Instável.
Ambíguo.
Vou amá-la como a uma mulher de malandro,
como a uma rameira de rodoviária.
Porque aí ela é quem vai me querer.
Vai se ajoelhar aos meus pés,
vai se humilhar, implorando
por um pouco de respeito,
para que eu me entregue totalmente,
para que eu seja só dela de novo.
E eu alegremente direi: não,
e voltarei para a minha melancolia
que é quem me faz feliz.

Recomeçando...

Então, mais um blog. Quanto tempo esse irá durar? Só os deuses sabem. Ao menos desta vez não estou sozinho. Espero manter uma relação dinâmica com todos esses links aí à esquerda, comentando-os e sendo comentado por eles. Vamos ver.

Então, vamos começar com um clássico?