Jurei lealdade absoluta a meu Senhor
e Seu reino.
por anos defendi-os arduamente
com língua, espada e língua.
O mundo era bom.
Um dia, meu senhor nunca existira.
Seu reino sempre fora uma falácia.
Agora ando só.
Comigo, apenas uma língua sem fio,
uma lâmina seca,
um juramento quebrado.
"Eu não escrevo com a pena. Aquele que escreve com a pena esqueceu o rosto de seu pai. Eu escrevo com a mente."
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
De costas
Estar de costas é andar sempre encoberto.
Ser como um livro terminado e nunca aberto,
cartucho velho não se sabe de qual jogo,
o frio espesso que se esconde atrás do fogo.
Porque de costas todo choro é invisível,
todo contato é sutilmente inacessível.
Estar de costas sendo visto é nunca ver.
De costas, cada punhalada é pra valer.
De costas, tudo ao que se crê se sobrepõe
pois muito mais do que o que vai é o que já foi.
Estar de costas é o depois de despedida,
o caminhar sem nunca mais olhar pra trás,
o estar além (e aquém) das hostes dos mortais,
o nunca dar nem nunca receber guarida.
Ser como um livro terminado e nunca aberto,
cartucho velho não se sabe de qual jogo,
o frio espesso que se esconde atrás do fogo.
Porque de costas todo choro é invisível,
todo contato é sutilmente inacessível.
Estar de costas sendo visto é nunca ver.
De costas, cada punhalada é pra valer.
De costas, tudo ao que se crê se sobrepõe
pois muito mais do que o que vai é o que já foi.
Estar de costas é o depois de despedida,
o caminhar sem nunca mais olhar pra trás,
o estar além (e aquém) das hostes dos mortais,
o nunca dar nem nunca receber guarida.
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