sexta-feira, 4 de junho de 2010

Poema Etílico nº 6b
(a Julia Pastore)


Ali,
onde pétalas de rosas mortas
ardem em um cinzeiro
abandonado
como o fim de um cigarro
ainda aceso,

O mel
sangra.

E o sangue do mel
não é doce.
Ao contrário,
carrega o pânico orgástico
de um poema por terminar,
de uma vida
captada aleatoriamente
sem início e fim definidos
ou definidores.

Mel.
Fossilizado em braço
de mulher
como se tatuagem
não fosse.

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